domingo, 9 de agosto de 2009

Várias Vidas Severinas

Dizem que todo ser humano anseia por felicidade.

Eu digo que alguns anseiam apenas por comida, por paz e por justiça.

É no século XX, no nordeste do Brasil que encontro os clássicos estereótipos do homem nas suas várias feições e formas de lidar com a vida.

Coronel, mercador e padre já são personagens conhecidos, e nenhum deles me apetece.

Gosto do GRILO. O Grilo é aquele que nasceu sem posses, que cresceu em meio a pobreza, mas sempre usou da astúcia para sobreviver. É natural que ele tenha várias características do lendário Pedro Malasarte, de Pedro Bandeira, com todas as suas maldades justificadas pela intenção de vingar os oprimidos e dar uma lição aos coronéis. Mas o Grilo dá nó em pingo d´agua porque não tem outra opção, é isto ou a escravidão e morte. Pedro Malasarte poderia ficar rico, o Grilo não.

Junto com o GRILO temos Chicó.... o homem sem coragem, mas com muita "valentia".. do tipo que coloca muito homem para correr, mas o Chicó sempre é mais ligeiro e some do mapa antes de ser alcançado...

Outro personagem interessante é o jagunço tão bem representado por Ujuara, do livro “Pelejas de Ojuara”, de Nei Leandro de Castro, adaptado para o filme “O Homem que desafiou o Diabo”.


Não há medo, coragem não falta. Nem o Diabo para este homem!

Tanto o Grilo, quanto Ujuara representam formas agressivas de lidar com a vida Severina... e sem dúvida nenhuma são formas válidas, pois a vida anseia por existir, e a partir do momento que outras vidas não são prejudicadas no processo, o método, para mim, se torna válido.


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